Chris Martin durante show do Coldplay na Praça da Apoteose, no Rio de Janeiro (28/02/2010)
O tradicional festival inglês Glastonbury terá Coldplay e Beyoncé entre as atrações principais da edição 2011. O evento acontece entre 22 e 26 de junho na Worthy Farm em Somerset, na Inglaterra.
O Coldplay fez sua estreia no Glastonbury em 1999 e a última vez que tocou no festival foi em 2005. "Coldplay têm desempenhado uma parte importante do festival ao longo dos últimos dez anos ou mais. Este é o retorno triunfal de uma banda que todo mundo aqui se sente parte", disse o organizador do Glastonbury, Michael Eavis, no site do evento.
Sobre Beyoncé, a filha de Eavis e co-organizadora do evento, Emily, disse: "Eu a vi ao vivo no ano passado e fiquei encantada com o poder do show. Ela tem alma, uma voz maravilhosa e uma incrível banda só de mulheres. Ela é, creio eu, a primeira artista solo feminina como atração principal, por isso é um grande momento para nós".
Não há outras atrações confirmadas, mas há rumores de que U2 integre a programação. A banda de Bono foi escalada para tocar ma edição do ano passado, quando o festival completou 40 anos, mas teve de cancelar a apresentação por causa de problemas de saúde do vocalista.
Os ingressos para o Glastonbury esgotaram-se em outubro do ano passado, oito meses antes de acontecer e sem qualquer atração anunciada. As entradas foram colocadas à venda e acabaram em apenas quatro horas.
Há 41 anos
O festival de Glastonbury começou em 1970, com a banda T-Rex de Marc Bolan como atração principal no lugar do Kinks, que não subiu ao palco porque os músicos estavam com laringite. Na continuação da década, artistas como David Bowie e Hawkwind fizeram performances no evento.
Nos anos 80, Glastonbury se tornou uma espécie de bastião da esquerda do Reino Unido com a participação do Comitê para o Desarmamento Nuclear e de outras ONGs como Oxfam e Greenpeace. A década seguinte foi a de seu apogeu, graças à assistência anual de até 250 mil pessoas que assistiram a show de bandas como Oasis e Radiohead.
Segundo Eavis, o agricultor de 73 anos que criou o evento, a edição de 2008 foi a mais difícil de realizar. Faltando menos de um mês para o início, poucas entradas tinham sido vendidas e o prejuízo rondava a casa dos seis milhões de euros, ele contou ao jornal "The Guardian".
Em 2011, Eavis deixará o comando do evento. Ele declarou ao "Guardian" que quer passar o bastão para sua filha, Emily, de 30 anos, e seu namorado. A saída de Eavis marcará o fim de uma era em um festival que começou como uma reunião de hippies --que pagavam apenas uma libra para entrar e tinham direito a leite gratuito para todos-- e que se tornou uma instituição do verão inglês.
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