
Vi um setlist de um show que vocês fizeram na Finlândia, no início de março, e vocês tocaram 21 músicas. Os fãs sulamericanos podem esperar algo longo assim ou outra surpresa?
Não podemos prometer um set tão grande, mas definitivamente tentaremos fazer algo especial. Nós estamos realmente ansiosos, acho que os nossos últimos shows no Brasil foram ótimos, a multidão estava realmente emocionada.
No Brasil, há um movimento chamado “Queremos”, que viabilizou, entre outras atrações, a volta de vocês ao país. Quais bandas entrariam em um “Queremos” do Aaron Dessner?
Bom, eu adoro Sharon Van Etten, mas eu fico meio enciumado porque estou produzindo o disco dela (risos), mas é uma cantora fantástica. Já sobre os artistas mais antigos, eu adoraria ver The Band de volta para alguns concertos. Até porque eu não estava vivo quando eles faziam shows (risos).
Algum lugar especial que vocês queiram visitar ou banda que queiram ver no Brasil?
Bom, foi ótimo ir ao Brasil antes [em 2008, a banda se apresentou no Tim Festival]. Estivemos no Rio e em São Paulo, mas não tivemos muito tempo para explorar... Nós adoramos os brasileiros e a cultura daí. A estada e o show no Rio foram especialmente divertidos, nós definitivamente queremos repetir a dose.
Então vocês gostam de música brasileira?
Eu não conheço muitos artistas contemporâneos, mas nós amamos Jobim, Gilberto Gil... E todos os artistas clássicos dessa época. Eu adoraria ser apresentado à nova música brasileira, não conhecemos muito.
Recentemente vocês lançaram um videoclipe para a música “Conversation 16”, em que figura uma mulher presidente dos Estados Unidos. Isso é algo que vocês querem ver em breve ou foi só uma piada despretensiosa?
Ah, foi uma piada. Mas claro que adoraríamos ter uma presidente mulher em breve, seria um grande passo social nos Estados Unidos. Mas o vídeo foi só uma piada.
A banda começou em Cincinatti, mas vocês se mudaram para o Brooklyn. Qual foi o motivo principal, a cena musical de Nova York ou outra razão?
Acho que nós mudamos para trabalhar. Não havia muito emprego em Cincinatti, a cidade estava em crise, então nós mudamos para Nova York para trabalhar. Na verdade nós formamos a banda mesmo no Brooklyn, e acho que nenhum de nós pensava que iríamos fazer sucesso, foi meio que uma surpresa. Claro que não somos tão populares, mas...
O que “High Violet” significa realmente?
Bom, não é que signifique alguma coisa... Mas nomeamos o disco com esse nome porque é uma espécie de culto religioso dos anos 70. Descreve um tipo especial de consciência religiosa, estado de espírito. Eu prefiro me referir a “estado de espírito” mesmo (risos).
Depois do bom ano que vocês tiveram, já estão trabalhando em material novo? Já têm produtor confirmado?
É... Eu comecei a escrever algumas coisas, algumas idéias musicais. Nós não começamos efetivamente a trabalhar no próximo álbum, mas estamos pensando nisso. Deve levar algum tempo ainda, uns dois ou três anos até que saía um novo álbum nosso. A gente pensou em algum dia trabalhar com Brian Eno. Mas eu penso nisso mais como um sonho, eu não sei se vai acontecer. Claro que se tivermos a oportunidade, nós faremos. Ou talvez apenas continuemos produzindo os discos nós mesmos.
Por último, qual é a banda e o bar que um brasileiro deve conhecer assim que chegar ao Brooklyn pela primeira vez?
Bom, eu recomendo o bar Sycamore, é realmente agradável. Além de um bar, também funciona como floricultura, o que contribui para o belo cenário. Das bandas mais novas ou não tão conhecidas, recomendo o Dark Dark Dark, que é meio folk, meio gipsy. São realmente bons.
Serviço:
- São Paulo
5 de abril (terça-feira), às 21h30
Citibank Hall - Av. Jamaris, 213, Moema
R$ 300 (camarote) e R$ 140 (pista)
- Rio de Janeiro
8 de abril (sexta-feira), às 23h
Circo Voador - Rua dos Arcos, S/N, Lapa
R$ 70 (ingresso promocional válido com 1 quilo de alimento não perecível ou 1 livro ou meia-entrada para estudantes, menores de 21 anos e maiores de 60 anos)
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