Meia hora antes de seu segundo álbum ser lançado, Adele Laurie Blue Adkins, 22 anos, aparenta tranquilidade. “As coisas estão menos frenéticas do que da primeira vez”, diz ela, de sua casa em Londres, relaxando após uma noite com amigos. O disco de estreia, 19, vendeu cerca de 2,4 milhões de cópias planeta afora e transformou em estrela pop uma jovem que, ao se inscrever na BRIT School de Londres (instituição voltada para música, artes cênicas e tecnologia), pensava em trabalhar apenas nos bastidores da indústria do entretenimento. “Eu estava nervosa e tensa porque tudo era muito novo.” Ela deixa escapar uma de suas frequentes gargalhadas e completa: “Não que eu esteja dizendo que agora sou uma profissional. Mas aprendi a me sentar e apreciar, me sinto mais livre do que nunca”.
Essa sensação de liberdade é perceptível em 21, o ousado segundo trabalho de Adele, lançado em fevereiro nos EUA pela Columbia (e no Brasil pela Sony BMG). Criado numa parceria transatlântica entre alguns dos top compositores e produtores da atualidade, incluindo Rick Rubin, Paul Epworth, Ryan Tedder e Francis “Eg” White, o trabalho amplia os horizontes do delicado folk-soul de 19, avançando para terrenos disco-gospel, blues pesado e R&B setentista.
O single “Rolling In The Deep” estreou no Reino Unido na segunda posição (à frente de “Hold It Against Me”, de Britney Spears, e atrás apenas de “Grenade”, de Bruno Mars) naparada da Official Charts Company. A faixa também é usada em um comercial da Nike com Maria Sharapova. “Por mais que eu ame 19 – e eu amo –, o novo disco é uma gigantesca evolução para ela”, diz Tedder, o líder do OneRepublic, que compôs e produziu hits para Beyoncé (“Halo”) e Leona Lewis (“Bleeding Love”), dentre outras. “Com algumas exceções, 19 era muito tímido”, continua Tedder. “E 21 não é.”
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