Usina de Fukushima, no Japão, tem radioatividade elevada
Desde o terremoto seguido de tsunami que devastou o Japão no último dia 11 de março, a Usina Nuclear de Fukushima passou a ser uma das grandes preocupações da população asiática. Agora, a Agência de Segurança Nuclear do Japão divulgou que há elevados níveis de radioatividade nos prédios dos reatores 1 e 3 que abrigam a usina, impedindo os técnicos de entrarem no local.
No último domingo (17), robôs mediram a radiação do local, que teve seu sistema de refrigeração danificado. Os resultados mostram que o reator 1 alcançava entre 10 e 49 milisievert por hora, enquanto o 3 tinha entre 28 e 57 milisievert por hora. O aumento foi considerável, já que na sexta-feira o número detectado era entre 2 e 4 milisievert por hora.
Os números indicam ainda que a radiação no mar da cidade de Minamisoma quase duplicou somente na semana passada, ultrapassando 23 vezes os limites legais.
A empresa que cuida da central - a Tokyo Electric Power (Tepco) - indicou que, dentro de seis a nove meses haverá uma estabilização e o local não vai mais emitir radiação. O plano inclui três meses na primeira etapa, emq que serão esfriados reatores nucleares e piscinas de combustível usado. Nos próximos seis a nove meses, serão ainda cobertos os prédios com reatores danificados e o governo vai avaliar questões ligadas à evacuação do local.
Até o momento, um raio de 20 quilômetros ao redor da central já foi evacuado pelas autoridades, mas o governo pede ainda que a população que vive até 30 quilômetros da área abandone a região.
Logo após o terremoto seguido de tsunami, foi detectado o vazamento de radiação. O que não se sabia é que a gravidade era muito mais alta do que as autoridades no assunto suspeitavam. Isso fez com que o desastre fosse classificado no mesmo nível de Chernobil.
O lugar é hoje uma cidade ucraniana fantasma. Isso porque, na década de 70, um dos reatores da usina nuclear construída na região explodiu e contaminou a população, os animais e o meio ambiente local.
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