Reduto de campos de golfe que oferecem vista para o deserto, Indio, na Califórnia, recebe de hoje a domingo 180 artistas de rock e pop. De astros consagrados a desconhecidos em busca de um lugar ao sol. E lugar ao sol não falta no Coachella Valley Music & Arts Festival.

O clima deverá ser cruel com os mais de 240 mil espectadores esperados para os três dias. O Coachella pode apresentar temperaturas de até 36º C durante o dia, caindo para 15º C à noite.

Criado em 1999 para resgatar os festivais americanos dos anos 1960, o Coachella se transformou no único evento americano que compete em casting de bandas com os grandes festivais europeus, notadamente os britânicos.

QUATRO POR TRÊS

Nos três anos anteriores, o Coachella teve cerca de 130 atrações em cada evento, ocupando quatro ou cinco palcos. A 12ª edição traz 180 artistas. Entre eles, grandes "headliners" --os nomes que fecham cada noite de show: Kings of Leon, Arcade Fire, Kanye West e Strokes.

Não, a conta não está errada. São três noites, mas quatro "headliners". Explica-se: Strokes não entra em festivais fora da condição de principal atração do dia. Quando o Coachella já tinha assinado com um grande nome para cada noite, surgiu a chance de o Strokes tocar.

Para resolver a saia justa, uma solução salomônica: no domingo, Kanye West faz o último show no palco principal. O Strokes fará, depois, a derradeira apresentação do evento, em palco paralelo.

O Brasil, que no ano passado teve a cantora Céu na programação, comparece com o rapper Emicida, o DJ Marky, o combo carioca The Twelves e a banda CSS.

O Coachella tem vocação para dar espaço ao ressurgimento de veteranos. Neste ano, a ganhadora de prêmios Grammy Lauryn Hill vai dar as caras depois de longo hiato criativo. E um trio britânico tenta resgatar seu espaço no pop: Suede, Big Audio Dynamite e Duran Duran.

Mas as atenções devem ficar mesmo com novos nomes, como The Joy Formidable, Here We Go Music, Warpaint... É torrar sob o sol de Indio e ver quem se dá bem.