Rebecca Black bate recorde na web e supera Justin Bieber


 A frase que inicia a canção "Friday" (sexta-feira) só poderia ser cantada por uma menina de 13 anos: "Eu acordo às 7h da manhã. Preciso comer cereal, pegar o ônibus e encontrar meus amigos".

Normal. O espanto é que tenha batido um recorde de 100 milhões de visualizações no YouTube em um mês.
A garota da vez, a nova moda passageira da internet, o último "novo preto" chama-se Rebecca Black, uma legítima patricinha californiana, que mora com os pais em Orange County, uma das regiões mais ricas dos EUA.


Os 100 milhões de visualizações são um número altíssimo para os padrões dos chamados virais -- vídeos que se propagam rapidamente na rede. Quem detinha o recorde era "Baby", do teen Justin Bieber, 17.
A diferença é que ele levou o dobro do tempo para chegar ao mesmo número e já era um astro quando lançou seu vídeo.

Já Rebecca Black nem sequer tinha um compacto lançado. Nunca fez um show na vida. Fez o vídeo por diversão, depois que ganhou de sua mãe US$ 4.000 (cerca de R$ 6.400) para que gravasse em uma produtora destinada a "pequenos talentos musicais", a Ark Music Factory.

A gravadora é comandada pelos produtores Patrice Wilson e Clarence Jey, que também compõem as pérolas gravadas por crianças como Black. Todas com as mesmas características: melodias pegajosas, vídeos toscos e muito Auto-Tune_ programa de computador que "conserta" a voz do "cantor".

"Nós damos a elas o vídeo, a música, fotos, consultoria de imagem, tudo", diz o produtor Patrice Wilson.
No caso de "Friday", deu muito certo. Há duas semanas, a revista "Billboard" estimava que Black faturasse US$ 27 mil por semana com publicidade, vendas no iTunes, "ringtones" etc. Só com as visualizações, ela faturou mais de US$ 100.000 (cerca de R$ 160 mil).

E a garota, no melhor estilo "celebrity", avisou que não vai manter o dinheiro. Ela disse à revista de fofocas "US Magazine" que vai doar todo seu lucro para as vítimas do terremoto no Japão. 

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